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quinta-feira, 10 de março de 2011

O que é liberalismo econômico (a teoria e a prática)

A escola liberal teve origem na Inglaterra, a partir do século XVIII, adentrando o XX.
Segundo o liberalismo, o homem é livre para produzir e negociar. O Estado não deve intervir na economia.
Os três princípios clássicos do liberalismo são:
1. Existe, na vida econômica, uma ordem natural que se estabelece na sociedade de forma espontânea, desde que os homens sejam livres para agir e defender seus interesses.
2. A ordem natural é a mais favorável para a prosperidade dos homens e das nações; está acima de qualquer intervenção que o Estado possa realizar na vida econômica.
3. Não há antagonismo mas harmonia entre os interesses individuais e o interesse geral da sociedade. A harmonia econômica é a própria essência da ordem natural.

(Adaptado de Henri Guitton, Economia politica, Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1959, v. 1, p. 47.)

Desejamos lembrar que, na teoria, tanto a idéia liberal como a neoliberal são muito bonitas. Mas na prática elas não funcionam como é dito em seus princípios.
Vamos nos ater ao terceiro princípio.
O que se vê, na prática, é uma desarmonia entre os interesses gerais da sociedade e os interesses individuais, mantida principalmente pelo dirigismo econômico (e não liberalismo) realizado pelos monopólios, oligopólios, trustes, cartéis, enfim, pelo capitalismo monopolista. Os interesses individuais suplantam de longe os coletivos. Priorizam a empresa e o lucro e não o trabalhador. Grandes empresas comandam as finanças mundiais, as fontes de matérias-primas, ditam os preços dos produtos, estabelecem as regras do comércio mundial, utilizamse de dumping para acabar com concorrentes, boicotam o fornecimento de produtos e matérias-primas, enfim, exercem grande poder de dominação.
Se houvesse efetiva harmonia entre os interesses individuais e coletivos, não haveria um mundo com tanta desigualdade na distribuição da riqueza e da renda. A pobreza e a miséria não seriam tão grandes; crianças não morreriam de fome ou de doenças delas decorrentes. Não haveria, inclusive, tamanha destruição da natureza. "O desequilíbrio ecológico", como disse Júlio José Chiavenato no livro O massacre da natureza, "é o reflexo do atual estado social do mundo", é fruto da desarmonia entre o homem e a natureza e da desarmonia dos homens entre si.

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