Dias mais curtos
O terremoto do dia 11 de março de 2011, no Japão, atingiu 8,9 graus na escala Richter e encurtou o dia em 1,8 microssegundo.
Por que aconteceu: uma grande porção da crosta foi deslocada de seu lugar. provocando a redistribuição da massa do planeta.
A velocidade de rotação do planeta aumentou, encurtando levemente a duração do dia.
Efeito prático: nenhum. Um microssegundo - ou um milionésimo de segundo - é imperceptível no mundo real e usado apenas para medir reações químicas ou atômicas.
Ao sabor das ondas
A rotação da Terra muda o tempo todo. Alterações nos ventos atmosféricos e nas correntes oceânicas são alguns fatores que aumentam ou diminuem a duração do dia em até um milésimo de segundo (um segundo dividido por mil) ao longo de um ano - 550 vezes mais do que a redução do dia causada pelo terremoto do Japão.
Mudança no eixo da Terra
o terremoto do Japão moveu a posição do eixo da Terra cerca de 17 cm na direção dos 133 graus de longitude oeste.Por que aconteceu: a redistribuição da massa do planeta afeta o eixo sobre o qual essa massa se equilibra.
Efeito prático: nenhum. A atração gravitacional do Sol, da Lua e de alguns planetas do Sistema Solar produz um efeito muito mais intenso sobre a rotação da Terra do que o maior forte dos terremotos poderá causar.
O Japão saiu do lugar
Por que aconteceu: a placa tectônica do Pacífico está se movendo para noroeste sob o Japão, empurrando a placa Norte-Americana para baixo e para leste. Em condições normais, a cada ano, o país é deslocado cerca de três centímetros.
Efeito prático: Ken Hudnut, geofísico da agência de geologia dos EUA, diz que informações que dependem de dados de GPS e até registros de propriedade talvez tenham de ser- mudados. Cartas náuticas terão de ser revisadas devido à mudança da profundidade d'água.
Terra em transe
Quase 25 quilômetros abaixo do leito do oceano, na zona de subducção onde a Placa do PacífiCo mergulha sob a Placa Norte americana, o terremoto abriu uma fenda com 300 quilômetros de comprimento e 150 de largura.
Fonte: Zero Hora, 27 de março de 2011, página 24.
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